Na teoria
As fotos “comuns” que tiramos em JPEG são tiradas com profundidade de cor de 8-bit por canal. Isso quer dizer que são processadas cores de 0 a 255, do preto ao branco, em cada canal (normalmente os canais RGB, ou Adobe RGB ou sRGB, ou seja, normalmente são três canais). Arquivos com profundidade de cor de 16-bit possuem mais fidelidade de cores (inclusive do preto e do branco) pois contém mais informações de cor em cada canal. O “intervalo” entre as imagens de 8-bit e 16-bit é chamado de Dynamic Range – muitos mais detalhes e fidelidade de cores são encontrados nas imagens de 16-bit, simplesmente porque existe mais informações sobre a luminosidade de cada pixel quando temos um intervalo maior de valores de luminosidade em cada canal.
Desculpe, eu tentei explicar de uma forma não tão chata… mas a teoria é sempre assim, né? kkk...
É assim que criamos as tais das fotografias HDR – juntamos fotos com uma profundidade de cor de 8-bit com diversas exposições para criar imagens de 16-bit e assim chegamos a um resultado de uma imagem com muita, mas muita, informação de cor. E isso é bom. E isso nos dá controle. E isso nos faz poder criar fotos maravilhosas.
Em um monitor comum nem conseguimos ver tamanha profundidade de cores, e na realidade o arquivo HDR não pode ser salvo e visto normalmente. Por isso depois de criar o arquivo em HDR nós transformamos a imagem novamente em JPG e com 8-bit, mas aí ela já está com a “aparência” desejada – ou seja, já aproveitamos a profundidade de cor para pegar os detalhes que queremos na foto e podemos transformá-la novamente em 8-bit.
Na prática
Embora existam todos esses detalhes técnicos podemos simplificar a explicação:
temos detalhes tanto na sombra quanto nas luzes – sem precisar editar somente
uma parte da cena. Ou seja, de várias fotos conseguimos fazer uma totalmente
diferente mas com a mesma qualidade. Quando editamos uma foto,
no Photoshop por exemplo, estamos destruindo as informações de cores dela.
Por isso HDR não é feita com uma foto só – pois assim não resultaria em
uma imagem de qualidade.
Exemplos
Na cena que vamos fotografar normalmente existem sombras e luzes.
Situação 1: temos uma cena comum, com um pouco de
sombra e um pouco de luz. Normalmente uma exposição
normal (no “0″) trará um resultado bom
(conseguiremos ver o assunto satisfatoriamente).
Foto com exposição normal
Situação 2: temos cenas de alto contraste. Por exemplo:
quando estamos fotografando contra a luz do sol ou com
um céu bem aberto e claro. Nessas horas temos que decidir
se nosso assunto será o céu (o que fará com que todo o resto
da cena fique subexposta pois teremos que fotografar em -1 ou -2)
ou se será o resto da cena (o que fará com que o céu fique
inevitavelmente claro demais pois teremos que fotografar em +1 ou +2).
situação 2: temos cenas de alto contraste. Por exemplo:
quando estamos fotografando contra a luz do sol ou com
um céu bem aberto e claro. Nessas horas temos que decidir
se nosso assunto será o céu (o que fará com que todo o resto
da cena fique subexposta pois teremos que fotografar em -1 ou -2)
ou se será o resto da cena (o que fará com que o céu fique
inevitavelmente claro demais pois teremos que fotografar em +1 ou +2).
Temos que decidir se queremos ver o céu...
...ou se queremos ver a terra!
Podemos utilizar a fotografia HDR em ambas as situações.
No primeiro exemplo os pequenos detalhes das sombras
e das luzes vão aparecer (normalmente resultando em uma
foto com menor contraste no geral).
Mais detalhes, menos contraste
Na segunda situação poderemos ter os detalhes tanto do
céu quanto do resto da paisagem.
Sabe porque esse tipo de foto é legal? Pois uma boa
HDR faz a cena parecer real, quase podemos tocar.
Nossos olhos funcionam como uma câmera, mas muito melhor.
Quando olhamos uma paisagem no geral conseguimos ver o
céu e todo o resto da cena. Quando olhamos uma pessoa
conseguimos ver tanto os detalhes de sua pele quanto os
detalhes do local que está atrás dela. As câmeras não têm
essa versatilidade e em uma foto normalmente não conseguimos
reproduzir o que estamos vendo.
É aí que entra a HDR – tentando reproduzir a qualidade dos
nossos olhos que (ainda) não está nas câmeras. =)
Pra utilizar esta técnica se usa diversos recursos em diversos
softwares, porém, pra resumir, posso-lhes dizer que o Photomatix
é o programinha mais indicado, seja pra ser usado diretamente ou
indiretamente atraves de um plug-in que pode ser instalado nos
melhores editores de imagens, tais como Adobe Photoshop e Aperture (Apple).
pra facilitar, e fazer com que vocês não necessitem de sairem
correndo atrás desse tal programa, eu deixarei aqui links para download...
Photomatix Pro 3.2.7
download para Windows
download para Mac OS X
Photomatix Light 1.0
download para Windows
download para Mac OS X
Photomatix Plug-In for Aperture
download
Photomatix Plug-In for Photoshop CS2/CS3/CS4
download para Windows
download para Mac OS X
bom, dicas dadas agora é só sairem fotografando!
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