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    domingo, 26 de junho de 2011

    ★ Como inventaram o mouse

    Da década de 60 até hoje, o mouse passou de uma caixa pesada e feita de madeira a um acessório leve e equipado com giroscópio.



    O mouse se tornou indispensável. Neste exato momento, você provavelmente está lendo este texto com a mão parada sobre ele, ainda decidindo se continua ou não nesta página. Mas, mesmo com toda a presença do mouse em nossas vidas, poucos sabem como esse dispositivo foi inventado.

    1952: nasce a primeira trackball


    Primeira trackball, criada pela Marinha Canadense em 1952


    Cerca de dez anos antes de o primeiro mouse ser criado, o Comando Marítimo das Forças Canadenses contatou diversas empresas que pudessem estar interessadas em participar de projetos que envolviam as forças armadas, universidades e companhias privadas. Um desses projetos pretendia criar uma máquina que fosse capaz de compartilhar dados de radares e sonares em tempo real, para que todos os combatentes pudessem ter uma visão unificada do campo de batalha. Esse projeto ficou conhecido como DATAR. Mas a parte que nos interessa aqui é que o DATAR trazia um dispositivo curioso para a época. Os operadores enviam os dados de radares por meio de uma trackball, uma espécie de “mouse” em que, para movimentar o cursor, bastava girar uma bola presente no aparelho. Claro que essa primeira trackball não tinha a elegância e a leveza dos modelos de hoje. Para ter uma ideia, na época a Marinha Canadense usava uma bola de boliche para a produção desse dispositivo. E, como era um projeto militar e, portanto, secreto, a trackball nunca teve a sua patente registrada.

    1963: o primeiro protótipo de mouse


    Primeiro protótipo de mouse, criado por Douglas Engelbart


    De maneira independente, o pesquisador Douglas Engelbart, do Instituto de Pesquisa Stanford, estava trabalhando em um projeto muito avançado para a época em que vivia. No início década de 60, a maioria dos computadores ainda era operada com cartões perfurados e outros métodos que não permitiam a interação do usuário com a máquina. Mesmo as interfaces de modo texto eram raras. Mesmo assim, Engelbart trabalhava em uma máquina que tinha o objetivo de aumentar o intelecto humano, e não substituí-lo com uma máquina. Muitas das tecnologias que usamos hoje foram propostas por esse projeto, como a interface gráfica dos computadores e os video chats. Entre os dispositivos de entrada apresentados por Engelbart em 1968, durante a primeira demonstração pública de seu projeto, havia uma caixinha de madeira com um botão vermelho na parte superior e um cabo que saia de uma das extremidades, lembrando, de alguma forma, o rabo de um rato. Era o primeiro mouse da história.

    1970: primeiro mouse comercializado


    Primeiro modelo de mouse a ser comercializado


    O “Indicador de Posição X-Y para Sistemas com Tela”, nome do mouse especificado em sua patente, funcionava com duas “engrenagens” que registravam as posições horizontais e verticais do cursor. Algumas semanas depois da apresentação de Engelbart, a empresa alemã Telefunken lançou um modelo de mouse que possuía uma pequena esfera dentro, responsável pelo registro dessas coordenadas. Embora o dispositivo fizesse parte dos componentes dos computadores da Telefunken, esse é considerado como o primeiro mouse a ter sido comercializado no mundo.

    1973 - 1981: os mouses da Xerox


    Xerox Alto, computador de 1973 com mouse incluso


    Os próximos mouses a ganharem o mercado foram comercializados com os computadores pessoais da Xerox, como o Alto, de 1973, o primeiro PC a usar o conceito de desktop e a ter uma interface gráfica voltada para o uso do “rato”. Outra máquina famosa por trazer um mouse como parte do sistema foi a Xerox Star, conhecida oficialmente como Xerox 8010 Information System. Esse também foi um dos primeiros computadores a incorporar diversas outras tecnologias tão comuns nos PCs de hoje, como redes Ethernet, servidores de arquivo e de impressão.

    1983: primeiro mouse da Apple


    Mouse do Apple Lisa


    Nesse ano, a Apple lançou o famoso computador Lisa, que continha um mouse inspirado no mesmo que acompanhava o Xerox Alto. Uma característica marcante desse modelo é que, em vez de usar uma bolinha de borracha, o mouse do Lisa usava uma esfera de metal. Esse foi o modelo que estabeleceu o padrão de um único botão para outros mouses da empresa, durante cerca de 20 anos.

    1999: a estreia do mouse ótico


    Um dos modelos de mouse ótico da Microsoft


    Apesar de as pesquisas para os primeiros modelos de mouse óticos terem começado em 1980, foi só em 1999 que o primeiro modelo comercial desse tipo de dispositivo foi lançado. O IntelliMouse com IntelliEye, da Microsoft, funcionava sobre quase qualquer tipo de superfície e apresentou melhoras muito significativas quando comparado com o mouse mecânico.

    A principal diferença era o fato de que a “bolinha” do mouse mecânico foi substituída por um LED infravermelho, apresentando a vantagem de esse modelo não acumulava sujeira, evitando assim que o usuário precisasse abrir o dispositivo e limpá-lo. A série IntelliMouse também foi a primeira a incorporar a scroll wheel.

    Mais tarde, esses modelos acabaram evoluindo e o LED foi substituído por um laser díodo, ganhando as prateleiras em 2004 com o MX 1000, produto da Logitech.

    Outros modelos de mouse

    A evolução dos mouses não para por aí e, recentemente, os “ratos” ganharam “asa”. Graças aos giroscópios, agora os mouses não precisam nem mesmo ser operados sobre uma superfície física e plana. Esse modelo requer apenas alguns movimentos leves do pulso do usuário para que o cursor seja movido, reduzindo assim o cansaço físico causado por arrastar o mouse durante o dia todo.

    Outra inovação são os chamados mouses 3D, indicados especialmente para a manipulação e navegação de imagens em três dimensões, mas não limitados a isso. Você pode conferir, no vídeo acima, o uso de um dispositivo desses com o Internet Explorer e Word.

    Novos modelos também estão acrescentando sensações táteis ao mouse, fazendo, por exemplo, com que o dispositivo vibre ao posicionar o cursor sobre algum elemento gráfico. Também não podemos nos esquecer de que acessórios como o Kinect, do Xbox 360, pode acabar guiando o desenvolvimento para um futuro em que, talvez, nem precisaremos segurar algum controle para operar a interface do software.

    2 comentários:

    1. Olá amigo. Bacana seu blog, postei um link seu no meu blog, se quiser conhecer e talves me linkar tambem...
      Obrigado!Olá amigo. Bacana seu blog, postei um link seu no meu blog, se quiser conhecer e talves me linkar tambem...
      Obrigado!

      ResponderExcluir
    2. Que bom que gostou! Pode linkar noticas daqui sempre que precisar. Abraços

      ResponderExcluir

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